quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Ela é feita de um material resistente, Ela é feita de fé!






Ela é feita de um material resistente, Ela é feita de fé!

          Num dia desses peguei-me com muita saudade da minha mãe, talvez por morarmos em países diferentes e passarmos anos sem nos vermos a dor da saudade seja mais forte.
 E sempre que penso nela, vem á memória a minha adolescência e juventude, o que ela me ensinou, e a sua própria vivência de lutas.
          Não lhe foi permitido frequentar regularmente a escola, mas aprendeu a ler e efetuar operações básicas com apenas três meses de aulas, costurava pra ajudar a família. Teve cinco filhas num espaço de oito anos e enfrentou quadros graves de depressão num período que a doença não tinha tratamento adequado. Financeiramente ela nunca teve privilégios, e ontem, numa conversa trivial me confidenciou que ao tratar de um câncer de mama anos atrás, saía do trabalho à tarde e ia ao hospital fazer radioterapia, e foi assim durante todo o tratamento. Eu já sabia que ela não quebra à toa, mas agora sei que ela é feita de um material bem mais forte, ela é feita de fé, isso a torna mais resistente aos turbilhões que a vida tem trazido. Ela é uma sobrevivente.
          Gostaria de deixar para as minhas filhas seu exemplo de força e resistência, gostaria de ensinar a elas o mesmo amor pela igreja, respeito ás lideranças e compromisso com Deus que a ela me ensinou. Até mesmo seu silêncio é uma lição, porque hoje sei que não é um silêncio omisso, porque às vezes, orar, jejuar e esperar é tudo que se pode fazer. Nisso aprendi que algumas coisas são questão de fé, resolvidas no joelho dobrado e coração rendido, mas convicto.
         Eu não entendia a sua insistência em aquietar cinco crianças para fazer culto doméstico, hoje sei que ela estava plantando o ensino do Senhor no meu coração. Era só isso que a ela queria, nada além de colocar a eternidade na minha vida.
          Eu tenho uma lista de mulheres da bíblia, santas e tementes a Deus, a quem eu quero imitar, são meus exemplos, como Maria mãe de Jesus, Ana mãe de Samuel, Abgail, Lídia, Dorcas, Priscila, Débora, Cláudia, Rute e incluo a Elenice, minha querida mãe, um exemplo de resistência e fé.
Em todas as lutas rotineiras, sempre teve uma mão que nos cuidava, palavras de amor e incentivo, de alerta e de juízo, mesmo estando ela mesma precisando de cuidados.
          Há uma frase no final de romanos 13:7 que diz, “ a quem honra, honra”. Não convivo fisicamente com minha mãe, mas convivo com as lembranças que tenho dela, e são de mulher digna, que anda na presença do Senhor. Que Deus me dê a graça de sempre honrá-la, e que tenha misericórdia pra que eu saiba criar minhas filhas no temor do Senhor, porque foi isso que eu aprendi com a minha querida mãe!!

          Deus a abençoe e a dê vida longa e saudável, dê muitas e muitas alegrias e realizações, nosso respeito ela tem... ela o conquistou a vida toda.

sábado, 8 de outubro de 2016

Ôh Gente Boa!!!





    Ôh Gente boa!!! Era com essa frase que uma pessoa muito querida se dirigia a todos que encontrava lá no interior de Minas Gerais.
Ele era um senhor idoso, bem carismático, e muito respeitado, embora tivesse um temperamento forte e uma franqueza sem igual. Eu era adolescente, mas lembro-me de gostar de ouvi-lo se referir ás pessoas como “gente boa, outras vezes barra limpa”. Afinal era um elogio que diferenciava de um trivial bom dia ou boa noite. Ele mesmo foi um bom homem, foi “gente boa”.

    É certo que todos almejam um adjetivo que o qualifique positivamente, ter seu nome reconhecido como homem de família, honesto, trabalhador, amigo, que seja louvável por seus feitos, alguém que conste nas boas listas da vida. Isso é o que todos querem, mas nem sempre é assim. Ás vezes, alguma coisa muda no meio do caminho, seu nome vai parar na lista dos que desistem: abandonam a família, optam por trabalhar com ganho fácil, colecionam as más companhias, se envolvem com drogas e outras ilegalidades, o que os tornam pessoas de adjetivos ruins, o oposto de “gente boa”.

    E quando esse é o fim, fica a pergunta:  o que aconteceu? Onde foi que ele se perdeu?

     No livro de Eclesiastes cap. 7:29 diz: Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias. Noutra versão diz: Deus fez o homem simples e direito, mas ele complicou tudo.
Não há explicação mais exata, às vezes complicamos tudo mesmo.
Um trabalho digno, de repente passa a ser um tédio, a esposa tão linda e atraente de anos atrás fica feia, nem os filhos são o estímulo para continuar no caminho certo, antes se tornam um peso. Estava tudo indo bem, mas se optou por complicar.

    Em Miquéias 6:8 diz algo de uma clareza imensurável: “Ele te declarou ó homem o que é bom e o que requer de ti: que pratiques o que é justo, ames a misericórdia e ande humildemente com teu Deus”. Ou seja, Deus mostrou o que é bom, disse para fazer o que é certo, disse para agir com bondade e disse para andar com Ele de forma humilde. E depois de dizer, mandou um exemplo, Jesus veio e andou aqui de forma simples e humilde, fez o que é certo e agiu com bondade. 

    Tempos depois da morte de Jesus, seus seguidores estavam em Antioquia, e ali foram chamados de cristãos pela primeira vez, porque tentavam andar como Jesus Cristo, eles tentavam imitá-lo, por isso foram chamados de Cristãos ou “pequenos cristos”. E Paulo chega a dizer em Gálatas 4:19 “ filhinhos sofro por vocês, até que Cristo seja formado em vós”, sofro para que o caráter de Cristo seja impresso em vocês.
    A bíblia mostra esse caminho perfeito: viver do jeito bom que Deus nos mostrou na sua palavra, sabendo que se em algum momento não foi possível andar retamente, Ele oferece perdão quando há arrependimento sincero. Um pequeno Cristo só será reconhecido como tal, enquanto estiver seguindo o exemplo de seu mestre, enquanto estiver sendo formado no caráter de seu mestre. Um homem que deseja ser um “pequeno cristo” não encontrará prazer no mundo que se compare ao prazer de andar humildemente com seu Deus! Agindo assim com certeza será gente boa!!!