segunda-feira, 3 de setembro de 2018




Meu ponto cego!!
Quando minhas filhas eram pequenas, estavam quase sempre no meu campo de visão; isso me trazia tranquilidade. Eu observava cada passinho, e elas eram “cuidadas”, a cada perigo ou necessidade que surgia. O tempo passou e agora já crescidas, estão a maior parte do tempo fora do meu campo de visão, estão no meu “ponto cego”.  
Sabe quando estamos na direção de um automóvel, e ás vezes surge do nada outro veículo que nos trás um grande susto, então, isso ocorre, devido ao ponto cego; aquela área nas laterais do veículo sem visualização, mesmo com retrovisores bem ajustados, o ponto cego está sempre lá.
Então, pensando sobre isso, me vieram alguns pensamentos e resolvi compartilhar, mesmo não sabendo ainda como terminar meu raciocínio... talvez alguém consiga pensar junto comigo... talvez possamos nos ajudar.
Quando os filhos são pequenos, e os corrigimos dizendo que não podem fazer algo, eles perguntam dezenas de vezes... - mas mãe, por quê não pode? Aí explicamos dezenas de vezes, porque é arriscado, porque pode machucar, porque isso faz mal, porque faz adoecer, etc...
Crescem mais um pouco, não ralam mais os joelhos, não sobem nas cadeiras, não põem dedos nas tomadas, não se enfiam em buracos inimagináveis... mas continuam as perguntas? Mãe, pai ... por que fulano não brinca comigo? Por que eu tenho que aprender química? Porque devo ir a igreja? Porque não posso ficar acordado(a)? De novo... você responde e contorna as situações e explica e bola pra frente.
Crescem mais um pouco... Pai, eu posso ir ao cinema? Eu posso passar o fim de semana na praia com amigos? Posso ir a festa com fulano? Aí quando houver um não precisa ser bem explicado, bem fundamentado e mesmo assim, podem não ter mais aceitação como antes... e nós não temos outra resposta “melhor” para dar.
E ai?
Partindo do princípio que não teremos controle sobre os filhos pra sempre, e que os mesmos são como flechas, que existem para serem lançadas em determinado tempo; tentamos fazer o melhor possível, ensinando, cobrando, treinando, para que sobrevivam e vivam bem quando estiverem longe, no temido ponto cego.   
O coração de um pai e uma mãe é também terra de receio, quando o assunto é um filho(a); tememos por não ter ensinado tudo o que precisava, do jeito que precisava, e se os filhos aprenderam o que foi ensinado.
Mas apesar de nossa falibilidade, também temos coração esperançoso e predominantemente confiante em Deus... Ele não tem ponto cego, Ele não falha e tem poder pra fazer infinitamente mais do que pedimos... então prossigamos com esperança. Confiar porque Deus é único no qual há esperança de que nossos filhos estarão seguros e salvos.
SL. 127. 4
Ef. 3:20